quinta-feira, 31 de maio de 2007

Tireóide II - Fisiologia

Fisiologia
A produção do hormônio da tireóide é o resultado de uma série de caminhos e mecanismos complexos que envolvem o eixo hipotalâmico- hipofisário- tireóide. O hormônio TRH liberado do hipotálamo estimula a produção e liberação do TSH pelas células da hipófise anterior. O TSH estimula a glândula tireóide levando a hiperplasia, aumenta a síntese de tireoglobulina e estimula a síntese e liberação dos hormônios da tireóide T4( tiroxina) e T3( triiodotironina). Os hormônios tireoideanos, por sua vez, inibem a secreção de TSH pela hipófise e os efeitos do TRH são antagonizados por uma “downregulation” de receptores de TRH nas células hipofisárias produtoras de TSH.
Cada mudança no nível de T4 altera em relação inversa a secreção do TSH em escala muito maior. Assim, níveis de TSH são muito sensíveis a mudanças pontuais e subclínicas do nível de T4. Por isso muitas vezes o TSH é usado como primeira prova para avaliação de deficiência orgânica da glândula tireóide.
O hormônio da tireóide está ligado à tireoglobulina (TBG), transtiretina e albumina. A maioria do hormônio tireoideano está ligada à tireoglobulina, por sua maior afinidade naturalmente elevada.
O hormônio tireoideano fisiologicamente ativo é o T3, e 80 % do T3 deriva do T4.O T3 e o T4 livres dão uma avaliação muito mais precisa da função tireoideana, pois independe de alterações plasmáticas de proteínas de transporte, sendo a forma ativa capaz de penetrar nas células alvo e ligar-se a receptores específicos.

terça-feira, 29 de maio de 2007

A Tireóide I - Anatomia e Embriologia

Anatomia e Embriologia

A tireóide é uma glândula endócrina que tem origem na linha média do assoalho da faringe primitiva e também bilateralmente dos tecidos da quarta bolsa branquial, lateralmente.
Ela é formada pelos lobos direito e esquerdo que são posicionados ântero-lateralmente à laringe e traquéia. Os dois lobos são unidos abaixo da cartilagem cricóide pelo istmo que mede cerca de 12 a 15 mm. Ocasionalmente, o lobo piramidal está localizado na linha média , superior ao istmo e representa o remanescente do ducto tireoglosso , pela descida da glândula tireóide primitiva da base da língua até sua localização definitiva no pescoço no processo de desenvolvimento embriológico.
O suprimento sangüíneo da glândula tireóide é dado principalmente pelas artérias tireoideanas superior (primeiro ramo cervical da artéria carótida externa) e inferior (ramo do tronco tireocervical). A drenagem venosa se dá para dois ou três pares de veias que acompanham os vasos arteriais e para uma veia tireoideana média que drena direto para a veia jugular interna.
A drenagem linfática da tireóide se dá para linfáticos ascendentes mediais (pré- laríngeos), ascendente lateral (até a bifurcação da artéria carótida), descendente medial (pré-traqueal) e descendente lateral (cadeia recorrencial).
Do ponto de vista cirúrgico, há várias estruturas anatômicas em relação íntima com a tireóide. Estas estruturas incluem o nervo laríngeo recorrente, o nervo laríngeo superior e as paratireóides. Uma cirurgia próspera da tireóide depende da habilidade do cirurgião em identificar e preservar estas estruturas.
Os nervos laríngeos recorrentes inervam a musculatura extrínseca da laringe e provém inervação sensitiva à laringe na região glótica. O nervo laríngeo recorrente direito origina-se no ponto em que o nervo vago cruza a artéria subclávia e ascende de forma oblíqua em relação à traquéia. O nervo laríngeo recorrente esquerdo deixa o nervo vago quando ele cruza o arco aórtico e tem direção paralela à traquéia.
O nervo laríngeo superior tem origem no gânglio vagal inferior e próximo à laringe ele se divide em ramos externo e interno. O ramo interno fornece inervação sensitiva à laringe supraglótica e o ramo externo inerva o músculo cricotireóideo.
As glândulas paratireóides geralmente em número de quatro glândulas, surgem da terceira bolsa branquial (paratireóides inferiores) e da quarta bolsa branquial ( paratireóides superiores). As paratireóides superiores migram para uma posição próxima à junção cricotireóidea, posteriormente a glândula tireóide. As paratireóides inferiores apresentam uma localização mais variável, em cerca de 45 a 61 % dos casos fica localizada inferior, lateral ou posterior à porção inferior da tireóide abaixo do nível da artéria tireoideana inferior.

A Glândula Tireóide

Estaremos nestes próximos dias conhecendo um pouco mais desta glândula tão especial do corpo humano que se torna um dos órgãos mais afetados por alterações na cabeça e pescoço.

domingo, 27 de maio de 2007

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O que somos e tratamos?

A especialidade de cirurgia de cabeça e pescoço trata principalmente tumores (câncer) localizados na região da cabeça e pescoço, excluindo o sistema nervoso central (cérebro).

O tratamento inicial adequado do câncer influencia diretamente os resultados.
O treinamento especializado em cirurgia de cabeça e pescoço é reconhecido e normatizado pelo Conselho Federal de Medicina e pelos Conselhos Regionais de Medicina.
Não é discutido que o médico especialista que terminou seu treinamento em instituição médica reconhecida pela sociedade de sua especialidade, é a melhor opção de profissional habilitado para definir a estratégia do tratamento do câncer.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço pode fornecer as indicações necessárias para que o médico especialista, adequadamente treinado no tratamento do câncer da cabeça e pescoço, seja encontrado.

sábado, 26 de maio de 2007

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Este Blog é dedicado a profissionais da área de saúde e pacientes, para que obtenham a informação sobre as patologias mais comuns que afetam estas regiões do corpo humano tão especiais e complexas que são a cabeça e o pescoço.