domingo, 3 de junho de 2007

Tireóide III - O nódulo tireoideano

O nódulo da Tireóide

Nódulos palpáveis da tireóide são freqüentemente encontrados na prática clínica e o seu manejo requer a experiência do cirurgião em identificar se o nódulo representa casos de carcinoma que requerem intervenção cirúrgica.
Nódulos solitários da tireóide estão presentes em cerca de 6,4% das mulheres e em cerca de 1,5% dos homens dos Estados Unidos. A baixa prevalência em crianças aumenta linearmente com a idade. Muitos nódulos palpáveis considerados solitários são na realidade um bócio multinodular. Embora estudos de autópsias indiquem a presença de nódulos em até 50% das autópsias, muitas vezes eles são muito pequenos e clinicamente inaparentes. A ultrassonografia de ata resolução é capaz de identificar nódulos em 13 a 40% dos pacientes considerados não-portadores de doença tireoideana.
Além disso, nódulos podem ser identificados em até 70 % dos adultos, porém muitos serão pequenos demais e de importância clínica incerta.
Enquanto a causa dos nódulos da tireóide não é conhecida, a deficiência de iodo e a evidência inversa de tireotropina (TSH) podem estar relacionadas.
A exposição à radiação pode causar neoplasia da tireóide, com uma relação linear entre doses da radiação até 1800 rad e a incidência de nódulos da tireóide e câncer. Muitos nódulos tendem a ocorrer cerca de 10 a 20 anos após a exposição, mas o risco pode existir até 35 anos após.
Altas doses de radiação, isto é, doses externas de radioterapia para Doença de Hodgkin (> 2000 rad) ou iodoterapia com I 131 para tratamento do bócio tóxico não parece ser relacionado com o desenvolvimento do câncer da tireóide.
A maioria dos nódulos tireoideanos pode representar adenomas colóides (27 a 60%) ou simplesmente adenomas foliculares( 26 a 40%). Cerca de 5% dos nódulos da tireóide são considerados hiperfuncionantes e, portanto “quentes” à cintilografia. O câncer da tireóide é encontrado em 10 a 14 % dos pacientes que se apresentam com nódulos tireoideanos palpáveis. O carcinoma papilífero corresponde a 70 a 75% dos cânceres da tireóide em americanos , com o carcinoma folicular sendo o próximo mais comum ( 20-25%) e o carcinoma anaplásico e o medular compreendem os restantes 3 a 5%.

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